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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mulher e cefaleia: entenda mais sobre essa relação

Depois das férias a LSM volta a ativa e com o assunto cefaleia, pois além de acometer muitas mulheres o ano de 2012 é o ano mundial da dor de cabeça, então juntamos os dois assuntos e vamos discutir com vocês,leitores! A cefaleia causa diminuição da sua produtividade na escola, trabalho, em casa e atividades sociais,por isso fique atento a nossas explicações para entenderem melhor o assunto.


Cefaleia é sinônimo de dor de cabeça,portanto enxaqueca ou migrânea, cefaleia ou dor de cabeça tensional, cefaleia ou dor de cabeça da coluna ou cervicogênica, cefaléia em pontada, cefaleia secundária a sinusite, etc... são tipos dentro do grupo das cefaleias ou dores de cabeça. 
Então, depois de esclarecer o que é cefaleia, temos uma pergunta para você: quem nunca teve dor de cabeça? Estudos populacionais mostram que mais de 90% da população mundial teve ou terá pelo menos uma dor de cabeça na vida e 50% as tem regularmente. Nesses casos a cefaleia é responsável por perda de 4 a 5 dias de trabalho, ou lazer ao ano, e diminui a qualidade de vida, sendo considerada uma questão de saúde pública.
Dentre as cefaleias, a mais incapacitante é a enxaqueca que acomete 15% da população, nas idades mais produtivas da vida. É mais frequente entre as mulheres, sendo relacionada, na maioria delas, ao ciclo menstrual. A enxaqueca é uma doença benigna, mas às vezes pode gerar complicações: provocar crises epilépticas, acidentes vasculares cerebrais e torna-se diária. Quando é diária, leva ao uso abusivo de analgésicos com efeitos colaterais graves, tais como hemorragias gástricas, doenças hepáticas, renais e anemias com diminuição das defesas do organismo contra infecções. O neurologista José Geraldo Speciali, coordenador científico do Comitê de Cefaleia da SBED, é enfático: "As cefaleias devem ser tratadas, mesmo as menos frequentes. Nos últimos 20 anos, os avanços nesse sentido foram enormes e hoje nenhum médico diz ao pacientes uma frase que era comum anos passados: você tem que se acostumar a viver com sua dor de cabeça!"

Portanto, já sabemos que há vários tipos de cefaleias,porém a que mais acomete as mulheres são as cefaleias do tipo migrânea!
Mas, qual é a prevalência de migrânea em mulheres?
É uma em cada cinco mulheres  em sua idade reprodutivaDurante e a infância, meninos e meninas são afetados igualmente. Na puberdade, a incidência de migrânea sem aura aumenta nas mulheres, sendo que 10 a 20 % das mulheres apresentam migrânea no seu primeiro ano de menstruação.
O que é aura migranosa?
  • A aura é qualquer sintomas neurológico que ocorre pouco antes da cefaleia. Sintomas visuais (ex: luzes piscando ou desenhos em zigue-zague), sintomas somatosensitivos (ex: parestesias), problemas de fala e, raramente, sintomas motores podem ocorrer durante a aura;
  • Os sintomas geralmente duram de 5 a 60 minutos;

Lembrando: A menstruação é um dos fatores de risco mais importantes para a migrânea sem aura e o período pós-menopausa corresponde ao momento de diminuição das crises migranosas.

Migrânea menstrual:
Entre 50 e 60% das mulheres migranosas apresentam cefaléia menstrual. O risco de migrânea sem aura aumenta durante cinco dias peri-menstruais, iniciando dois dias antes da menstruação e continuando por três dias depois do primeiro dia de menstruação. Mulheres estão 70% mais predispostas a apresentarem dor nos dois dias que antecedem a menstruação que nos outros dias do ciclo e 50% mais predispostas durante o primeiro dia de menstruação.
A International Headache Society (IHS) reconhece dois tipos de migrânea menstrual:
  1.  Migrânea relacionada à menstruação: migrânea sem aura que ocorre regularmente entre dois dias antes e três dias depois do primeiro dia do ciclo menstrual, com crises adicionais com e sem aura em outros períodos do ciclo;
  2. Migrânea menstrual pura: ocorre apenas entre dois dias antes e três dias depois do primeiro dia do ciclo menstrual.
Mas porque que ocorre isso?
A migrânea menstrual está associada ao período de queda do estrogênio que ocorre dias antes da menstruação. O aumento de prostaglandinas também está implicado com o desencadear de crises.

E como que posso diferenciar se minha migrânea é menstrual e não-menstrual?
Bom, as crises menstruais são de longa duração e grave intensidade, com maior chance de rebote e maior resistência ao tratamento, gerando maior disabilidade que as crises não-menstruais.

Como é diagnóstico?
Para confirmar o diagnóstico, migrânea sem aura que ocorre entre dois dias antes e três dias depois do primeiro dia do ciclo menstrual deve ocorrer pelo menos em dois de três ciclos menstruais. Dados da história devem ser bem avaliados através de um diário de dor por três meses, relatando-se características das crises que podem auxiliar no diagnóstico.

E como é o tratamento?
O tratamento agudo das crises, quando efetivo, é a terapia de escolha. Porém,para saber melhor nós ligantes da LSM aconselhamos você a procurar seu médico ou visitar a Unidade Básica de Saúde do seu bairro (postinho) para que o tratamento seja passado a você. Lembrando que a medicação que o médico vá passar pode incluir contraceptivos, então, não estranhe.

Durante a gravidez e amamentação como que fica a migrânea?
Mais de 80% das mulheres com migrânea apresentam menos crises durante a gravidez, especialmente quando as crises eram de predomínio menstrual. Em 20% das mulheres a cefaleia desaparece. A migrânea em si não gera prejuízo à gravidez, mas mulheres com cefaleia durante a gravidez devem ser avaliadas quanto à possibilidade de trombose de seio venoso, pré-eclâmpsia e hipertensão gestacional. Na amamentação as crises geralmente permanecem diminuídas.

Mas estou na menopausa ou faço tratamento hormonal, como agir?
Migrânea é um problema comum no período perimenopausa, quando os níveis de estrogênio estão flutuantes. Mulheres com sintomas de calores se beneficiam de terapia de reposição hormonal. As formulações não orais são menos propensas a desencadear migrânea que os compostos de reposição oral de estrogênio. Terapia contínua de reposição hormonal parece ser mais bem tolerada que terapia cíclica.

Bom, por essa semana é só. Semana que vem abordaremos o assunto mitos na gravidez, não perca!

Tainara Costa
Presidente da LSM

Fonte de pesquisa para o texto:
Sociedade Brasileira de Cefaleia
Sociedade Brasileira para o Estudos da Dor

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