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sexta-feira, 22 de março de 2013

PRÉ ECLAMPSIA

Hoje no programa da rádio, falamos sobre a pré eclampsia, distúrbio que afeta até 5% das mulheres grávidas.
A gravidez pressupõe o crescimento de um ser geneticamente diferente dentro do útero da mulher, uma vez que o embrião herdou metade dos genes do pai. 
Ela não rejeita esse corpo estranho, porque desenvolve mecanismos imunológicos para proteger o feto, mas em alguns casos, ele libera proteínas na circulação materna, que provocam uma resposta imunológica da gestante, que agride as paredes dos vasos sanguíneos, causando vasoconstrição e aumento da pressão arterial.


A hipertensão arterial específica da gravidez recebe o nome de pré-eclâmpsia e, em geral, é um distúrbio que afeta cerca de 5% das mulheres grávidas. O diagnóstico de pré-eclâmpsia é normalmente feito no pré-natal quando há aumento de pressão arterial e presença de proteína na urina após 20 semanas de gestação.


O mais comum é que apareça depois da 37a semana, mas, na realidade, pode acontecer em qualquer época da segunda metade da gravidez, incluindo durante o parto ou depois (geralmente nas primeiras 48 horas).

É possível ter sintomas de pré-eclâmpsia antes de 20 semanas, mas somente em casos mais raros, como nos de uma gravidez molar.


A pré-eclâmpsia pode progredir de maneira lenta ou rápida.
A causa dessa enfermidades ainda não foram bem estabelecidas. O que se sabe é que estão associadas à hipertensão arterial, que pode ser crônica ou especifica da gravidez.

Sintomas:


Sintomas da pré-eclâmpsia (que também pode ser assintomática): hipertensão arterial, edema (inchaço), principalmente nos membros inferiores, que pode surgir antes da elevação da pressão arterial, aumento exagerado do peso corpóreo e proteinúria, isto é, perda de proteína pela urina.
O diagnóstico é estabelecido com base nos níveis elevados da pressão arterial, na história clínica, nos sintomas da paciente e nos resultados de exames laboratoriais de sangue e de urina.
 

Fatores de Risco: 

Hipertensão arterial sistêmica crônica; primeira gestação; diabetes; lúpus; obesidade; histórico familiar ou pessoal das doenças supra-citadas; gravidez depois dos 35 anos e antes dos 18 anos; gestação gemelar.


 



Recomendações
* Vá ao ginecologista antes de engravidar para avaliação clínica e início da administração de ácido fólico;
* Compareça a todas as consultas previstas no pré-natal e siga rigorosamente as recomendações médicas durante a gestação;
* Lembre que a hipertensão é uma doença insidiosa, que pode ser assintomática. Qualquer descuido e a ausência de sintomas podem fazer com que uma forma leve de pré-eclâmpsia evolua com complicações;
* Faça exercícios físicos compatíveis com a fase da gestação e suas condições orgânicas no momento;
* Reduza a quantidade de sal nas refeições, não fume e suspenda a ingestão de álcool durante a gravidez.

Gabriela Muniz
Presidente LSM