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quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tabagismo e Saúde Feminina


Estudos e pesquisas dos últimos anos apontam que o sistema reprodutivo feminino é mais vulnerável ao tabagismo que o sistema masculino.
No Brasil, um estudo realizado entre estudantes de 10 capitais brasileiras, revelou que, em pelo menos sete capitais, as meninas vêm experimentando cigarros em maior proporção que os meninos, sobretudo nas faixas etárias mais jovens.
Até algumas décadas atrás, acreditava-se que os efeitos da dependência do tabaco era mais forte nos homens, mas à medida que novas gerações de fumantes foram chegando verificou-se que, as mulheres são igualmente ou mais suscetíveis aos malefícios do fumo, devido às peculiaridades próprias do sexo, como a gestação e o uso da pílula anticoncepcional. A mulher fumante tem um risco maior de infertilidade, câncer de colo de útero, menopausa precoce (em média 2 anos antes) e dismenorréia (sangramento).
O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser dez vezes maior do que o das mulheres que não fumam e usam este método de controle da natalidade. Segundo dados do INCA, o tabagismo é responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos de idade.
Fumar durante a gravidez também pode proporcionar, mais freqüentemente, abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia.
A gestante que fuma apresenta mais  complicações durante o parto e têm o dobro de chances de ter um bebê de menor peso e menor comprimento, comparando-se com a grávida que não fuma. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno. De acordo com dados do INCA, um único cigarro fumado por uma gestante é capaz de acelerar em poucos minutos, os batimentos cardíacos do feto, devido ao efeito da nicotina sobre o seu aparelho cardiovascular.
Os riscos para a gravidez, o parto e a criança não decorrem somente do hábito de fumar da mãe. Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam. Quando a gestante é obrigada a viver em ambiente poluído pela fumaça do cigarro ela absorve as substâncias tóxicas da fumaça, que pelo sangue são repassadas para o feto. Quando a mãe fuma, durante a amamentação, a nicotina é repassada pelo leite e é absorvida pela criança.

           .      Cérebro: A nicotina inalada no cigarro atinge o cérebro em 8 segundos, onde tem um potencial comparável ao da heroína para viciar. De 30% a 50% das pessoas que fumam desenvolvem algum tipo de dependência e 70% a 90% dos fumantes regulares são viciados. Apenas 6% dos que tentam parar conseguem ficar mais de um mês sem fumar.
          .      Pele: O cigarro diminui o calibre das veias, o que diminui a irrigação sangüínea da pele e diminui a chegada de oxigênio e nutrientes para as células. O resultado é um envelhecimento precoce da pele, com rugas em média 20 anos mais cedo que não fumantes. Entre as mulheres, o cigarro aumenta em mais de 3 vezes o risco de desenvolver psoríase, doença sem cura que causa feridas na pele. Entre os homens, ela não chega a causar a doença, mas agrava os sintomas naqueles que já sofrem com ela.
   .       Olho: Estudos mostram que fumar aumenta em até 3 vezes o risco de catarata, doença nos olhos que diminui progressivamente a visão e é a principal causa de cegueira no mundo. 
    .         Garganta: Pigarro não é a única coisa que o cigarro traz para a garganta. Ele também é o principal fator de risco para o câncer de garganta, que só no Brasil registra 6 600 novos casos e é causa de 3 500 mortes por ano.
·         Pulmão: Quem fuma muito tem 20 a 30 vezes mais chances de ter câncer de pulmão. Ele é o câncer que mais mata homens no Brasil, e, desde 2002, o segundo que mais mata mulheres. De 80% a 90% dos casos da doença matam em menos de 5 anos. Além disso, o fumante diminui sua capacidade respiratória e tem maiores chances de ter qualquer doença respiratória, como bronquite e enfisema.
·         Estômago: A nicotina aumenta a acidez do estômago e, conseqüentemente, as chances de gastrite e úlcera. As úlceras demoram mais para cicatrizar e voltam com mais facilidade nos fumantes. Ah, e o tabaco também é fator de risco para o câncer de estômago, que atingiu cerca de 26 mil pessoas no Brasil em 2006.
·         Coração: O fumo aumenta a pressão arterial, diminui a capacidade respiratória e aumenta a coagulação sanguínea. Resultado: chances 2 a 3 vezes maiores de morrer por doenças cardiovasculares, como derrame e enfarto. Estudos mostram que o risco de enfarto é ainda maior entre mulheres, especialmente para as que usam anticoncepcionais orais.
·         Ossos:A osteoporose é um processo de perda de minerais e enfraquecimento dos ossos, que os deixa muito mais fáceis de quebrar. O cigarro é um dos fatores que mais acelera esse processo, mais comum entre as mulheres. Estima-se que uma em cada oito fraturas da cintura são causadas pelo fumo.
·         Sistema reprodutor: O fumo causa problemas vasculares que aumentam a chance de impotência nos homens. Entre as mulheres fumantes, ele aumenta as chances de menopausa precoce, infertilidade e problemas com a menstruação.




                                                                Amanda de Melo Oliveira
                                                                      Vice-Presidente

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)

Olá leitor do blog LSM,
Hoje iremos tratar sobre DST em mulheres, então fique atento e tire suas dúvidas!

Foi realizada uma pesquisa pelo Ministério da Saúde que sugere que mais de 10,3 milhões de brasileiros já tiveram algum sinal ou sintoma de uma DST.Desse total,cerca de 18% dos homens e 11,4% das mulheres não buscaram atendimento médico.Mas porque que mulheres apresentam um número elevado?
Primeiro, porque anatomicamente a mulher é diferente dos homens o que a torna mais vulnerável a doença,pois a anatomia feminina é um receptáculo o que torna a vagina mais úmida.Outra diferença existente,também, é a uretra feminina que é mais curta o que facilita a entrada do vírus,bactéria ou fungo, além disso, a vagina e o ânus são próximos,isso contribui para passagem de microrganismos devido a má higiene e umidade local.
Assim, muitas mulheres demoram a descobrir que são portadoras de DST, pois como o órgão feminino não é um órgão externo como o pênis, a mulher, muitas vezes, demora a procurar um médico. Outros fatores que contribuem para mulheres não procurarem um médico são devido ao medo e desconhecimento da transmissão da doença.

Mas o que são DST?
São as doenças sexualmente transmissíveis que são repassadas, principalmente, por contato sexual sem o uso de camisinha com uma pessoa que já esteja infectada, e geralmente se manifestam por meio de feridas,bolhas ou verrugas.Algumas DST podem não apresentar sintomas, tanto no homem quanto na mulher e isso requer que se fizerem sexo sem camisinha procurarem o médico.Essas doenças quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves, como infertilidade e câncer.

Mulheres, atenção:
As mulheres devem ser bastante cuidadosas, uma vez que, em diversos casos de DST,não é fácil distinguir os sintomas das doenças das reações comuns de seu organismo. Isso exige das mulheres consultas periódicas ao médico.

Usar preservativos em todas as relações sexuais (oral,anal e vaginal) é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da AIDS.

O Ministério da Saúde nos mostra quais os principais sintomas das doenças mais comuns:
Sintomas: Corrimento pelo colo do útero e/ou vagina (branco, cinza ou amarelado), pode causar coceira, dor ao urinar e/ou dor durante a relação sexual, cheiro ruim na região.
DST prováveis: Tricomoníase, gonorreia, clamídia.
Sintomas: Corrimento pelo canal de onde sai a urina, que pode ser amarelo purulento ou mais claro - às vezes, com cheiro ruim, além de poder apresentar coceira e sintomas urinários, como dor ao urinar e vontade de urinar constante.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, tricomoníase, micoplasma, ureoplasma.
Sintomas: Presença de feridas na região genital (pode ser uma ou várias), dolorosas ou não, antecedidas ou não por bolhas pequenas, acompanhadas ou não de “íngua” na virilha.
DST prováveis: Sífilis, cancro mole, herpes genital, donovanose, linfogranuloma venéreo.
Sintomas: Dor na parte baixa da barriga (conhecido como baixo ventre ou "pé da barriga") e durante a relação sexual.
DST prováveis: Gonorreia, clamídia, infecção por outras bactérias.
Sintomas: Verrugas genitais ou “crista de galo” (uma ou várias), que são pequenas no início e podem crescer rapidamente e se parecer como uma couve-flor.
DST prováveis: Infecção pelo papiloma vírus humano (HPV)

Mulher, não fique com vergonha de conversar com um profissional da saúde e tire todas suas dúvidas de sexo ou qualquer coisa diferente que vem sentindo. É direito de todos brasileiros buscar atendimento de saúde.


Tainara Costa
Presidente da LSM